Um Condomínio de luxo em Goiânia, foi alvo de várias reclamações por parte dos moradores, isso, porque um filhote de cabra foi colocado em uma armadilha como isca viva para a captura de uma onça que circulava pelo condomínio. Moradores reclamaram e consideraram à ação como maus-tratos.
O procedimento, segundo a gestão do condomínio, segue uma recomendação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Colocaram uma cabra viva num cubículo que ela nem se mexia, ficava de pé sem se mexer. Colocaram ela à tarde e deixaram ela exposta a noite toda, sem água, sem comida, sem deitar, sem se mexer, até o dia seguinte”, reclamou uma moradora.
A Associação dos Amigos do Residencial Aldeia do Vale (Saalva), emitiu um comunicado explicando que as armadilhas foram cedidas e recomendadas pelo Ibama como uma forma de capturar uma onça parda.
O Ibama emitiu uma nota, veja a Íntegra:
“O Ibama informa que, diante da necessidade de captura da onça parda no condomínio, foram autorizados pelo Instituto diversos métodos para essa finalidade. Após meses de tentativas com métodos como instalação de laços de contenção e uso de carne fresca (como sardinha e frango) para atrair o animal, iniciou-se o uso de armadilhas com animal vivo. Nesse método, o animal é isolado em um compartimento na armadilha. Ressaltamos que está técnica deve observar os cuidados necessários com alimentação, disponibilidade de água e demais precauções.
Os métodos autorizados são respaldados cientificamente e são aplicados em casos específicos como este. O Ibama tem a responsabilidade de avaliar e autorizar medidas que solucionem o caso, enquanto o condomínio apresenta e executa o plano de manejo autorizado para a captura, coordenado por um profissional habilitado contratado pelo próprio condomínio.
Destacamos que o Ibama monitora a situação desde dezembro passado, quando o animal foi avistado pela primeira vez, e atende prontamente às solicitações necessárias para lidar com o caso.
O Ibama informa que irá apurar informações sobre as possíveis inadequações quanto à alimentação e oferta de água relatadas.“
Fotos: Acervo pessoal/Moradores