Operação mira ex-servidores por fraudes no Detran entre os anos de 2021 e 2022

Redação
Por Redação 421 visualizações

Deflagrada na quarta-feira (28/08), a operação da Polícia Civil de Goiás denominada “Chave Falsa”, cumpriu 18 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão. A investigação aconteceu por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor) e contou com apoio do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran Goiás).

Segundo as investigações, nos anos de 2021 e 2022, servidores comissionados e efetivo lotados no Detran em Goiânia, despachantes, “garageiros”, compradores e vendedores de veículos se associaram para falsificar documentos além de corrupção passiva e corrupção ativa.

OPERAÇÃO
Verificou-se a existência de uma grande demanda de serviços fraudulentos realizados na sede do órgão estadual como:

  • cancelamento ilegal de bloqueio de sinistro de grande monta;
  • desbloqueio indevido de embargo de licenciamento;
  • cancelamentos ilegais de comunicados de venda e de intenções de venda;
  • inclusões indevidas de novos comunicados de venda e de intenções de vendas; e, por fim,
  • transferências ilegais de propriedade de veículos para terceiros, mediante a utilização criminosa de senhas de acesso restrito de servidores.


A princípio, esses servidores desconheciam os serviços fraudulentos e muitas vezes sequer se encontravam no Detran.

PREJUÍZO AO ERÁRIO
Os investigados causavam prejuízo para o Detran na medida em que evitavam fazer duas transferências veiculares e pagar as taxas devidas pelos serviços correlatos. Situação que ficou conhecida popularmente como “ponte de recibo”, ou seja, pulava-se a pessoa para qual foi realizada a comunicação de venda do veículo e já transferia-se o domínio do nome do proprietário inicial para um terceiro comprador do veículo.

Foi apurado que todo o esquema criminoso só era possível em razão do provável pagamento de vantagens ilícitas indevidas por despachantes, “garageiros” e intermediários vendedores de veículos para os funcionários públicos que acessavam indevidamente o Sistema de Serviços Portal Detran Goiás, com senhas de acessos restritos, para realização dos serviços fraudulentos.

Foto: PC
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