Polícia Civil cumpre 100 medidas judiciais contra golpes digitais em GO, TO e DF

Investigação identificou integrantes em todos os níveis hierárquicos da organização, completando a chamada “cadeia do crime”

Redação
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Suspeitos são investigados pelos golpes do novo número, do falso intermediário, golpe do falso boleto, golpe do perfil falso e do nudes | Foto: PCGO

A Polícia Civil de Goiás (PCGO), com apoio das Polícias Civis do Tocantins e do Distrito Federal, deflagrou nesta quarta-feira (23/4) a 2ª fase da Operação Rede Integrada. A ação teve como objetivo o cumprimento de 100 mandados judiciais de prisão temporária e de busca e apreensão — sendo 96 em Goiás, dois no Tocantins e dois no Distrito Federal —, além do bloqueio dos saldos existentes nas contas bancárias de todos os investigados.

A PCGO apura a atuação de uma associação criminosa especializada em diversos tipos de golpes, como o golpe do novo número, do falso intermediário, do falso boleto, do perfil falso e o golpe do nude (sextorsão), além da lavagem de dinheiro oriundo das fraudes. Os crimes são tipificados como estelionato qualificado, associação criminosa e lavagem de capitais.

A investigação identificou integrantes em todos os níveis hierárquicos da organização, completando a chamada “cadeia do crime” — desde os responsáveis pela engenharia social que enganam as vítimas, passando pelos captadores e fornecedores de contas bancárias, até aqueles que efetivamente aplicavam os golpes. Muitos dos envolvidos são egressos do sistema prisional, com histórico de atuação em outros crimes.

Também foi constatado que diversos investigados evoluíram ao longo do tempo, passando de simples “conteiros” (pessoas que emprestam ou alugam contas bancárias) para funções de maior responsabilidade, como captadores de contas e operadores diretos dos golpes.

Com o aprofundamento das apurações, foram identificadas 157 ocorrências policiais registradas entre 2021 e 2024, todas relacionadas aos 50 investigados, cujos crimes foram praticados em desfavor de vítimas residentes em vários Estados da Federação. Além disso, os criminosos tinham à disposição mais de 1.100 contas bancárias utilizadas para movimentar os valores obtidos ilicitamente.

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