Inspirado no “Mães de Minas”, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) está implantando o “Projeto Rede Nascer em Goiás”, que tem como meta reduzir a taxa de mortalidade materna, fetal e infantil. O projeto está em fase de reorganização da linha de assistência e cuidado com as gestantes e, para isso, conta com apoiadores do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
Segundo o secretário-adjunto da SES, Sérgio Vencio, o projeto surge num momento crucial em que todos os envolvidos na área da saúde em Goiás estão comprometidos em reduzir a mortalidade materna e infantil.
“Além disso, é toda uma estrutura que vai além da saúde, é o bem-estar, o cuidado com os vulneráveis. Vamos construir uma rede com uma linha de cuidado que chega num momento oportuno porque estamos maduros para implementar esse projeto”.
De acordo com a proposta apresentada pelo consultor do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems/GO), Antônio Jorge, o projeto visa realizar um monitoramento mais abrangente das consultas pré-natais e do período puerperal, esclarecer dúvidas das gestantes e suas famílias, e orientar na resolução de problemas relacionados à assistência.
NÚMEROS
Informações preliminares do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) indicam que, em 2023, houve 48 mortes maternas na faixa etária de 15 a 49 anos em Goiás. Até a primeira quinzena de junho de 2024, foram registradas 18 mortes de mulheres grávidas.
No ano passado, foram registrados 91.804 nascidos vivos em Goiás, com uma taxa de óbitos infantis (fetais, neonatais precoces, neonatais tardios e pós-neonatais até 1 ano) de 11,6 por mil nascidos vivos. Neste ano, até junho, essa taxa é de 11,79 por mil nascidos vivos e houve 36.377 nascidos vivos no Estado.