Filarmônica de Goiás tem estreia nacional com composições em homenagem a Portugal

Redação
Por Redação 95 visualizações

A Orquestra Filarmônica de Goiás realiza na próxima quarta-feira (15/05), às 20 horas no Teatro Goiânia, a estreia nacional de duas obras do repertório orquestral em homenagem a Portugal. Sob a regência de seu maestro titular Neil Thomson, o evento faz parte da temporada “Relembre o Futuro” com entrada franca.

Uma das obras é do compositor português Joly Braga Santos, Sinfonia nº 2, a outra é do compositor e regente brasileiro João Guilherme Ripper, Sinfonia de Abril, que é uma peça em comemoração aos 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal.

Nascido no Rio de Janeiro, Ripper integra a Academia Brasileira de Música, instituição fundada por Villa-Lobos em 1945.

Entre as composições recentes, destacam-se Jogos Sinfônicos, encomenda da Filarmônica de Minas; Fantasia Tarumã para piano e orquestra, encomenda da Filarmônica de Goiás; Suite para cordas, encomenda do Programa Sinos; Concerto a cinco nº 2, encomenda da Orquestra de Câmara de Valdivia (Chile); Cinco poemas de Vinícius de Moraes e Variações FHC, encomendadas pela Fundação Osesp; e Abertura Cartagena, encomenda da Orquestra Sinfônica de Guarulhos.

Ripper é autor de libretos e música de óperas de grande relevância na música clássica brasileira. Em 2000 ele recebeu o prêmio Associação Paulista dos Críticos de Arte pela obra Domitila e, em 2017, pelo conjunto de sua obra.

Em 2020 recebeu o Prêmio Inovação da Revista Concerto pela criação e coordenação do Programa Gestores em Movimento, que capacita músicos de todo o Brasil para a gestão de orquestras, teatros e salas de concerto.

Joly Braga Santos nasceu em Lisboa e desde muito cedo demonstrou interesse por instrumentos musicais. Seu pai, percebendo essa predileção, levava-o a concertos e óperas. Joly gostava especialmente das óperas com muito coro.

Sua música pode ser vista principalmente como uma fusão dos vários estilos Europeus, mas ele mesmo disse em entrevista: “Desde sempre entendi que tinha de criar o meu próprio estilo e a minha música devia ser o resultado dessa criação.” A melodia era para ele a razão de ser da música.

O musicólogo João de Freitas Branco, autor da obra de referência da história da música portuguesa, salientou a generosidade cultural do maior sinfonista português. “Ele é o inverso do artista que se dirige apenas a minorias privilegiadas. Ele queria que muitas pessoas viessem a usufruir da sua arte.” Santos faleceu no ano de 1988.

Foto: Laura Cipriano
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